Um estudo revela um teste que poderá diagnosticar de forma precoce o aparecimento do Alzheimer.
O Instituto de Neurologia da University College London, com o financiamento do Alzheimer Research Trust, levou a cabo um estudo, publicado na semana passada na Annals of Neurology, para tentar encontrar uma forma de prever o desenvolvimento da doença.
Para tal, reuniram 105 pessoas saudáveis às quais realizaram dois testes: uma punção lombar, para verificar os níveis da proteína amiloíde no líquido cefalorraquidiano, e scannings cerebrais, realizados ao longo de 12 meses de forma a avaliar o tamanho do cérebro.
Já era do conhecimento dos especialistas que a doença de Alzheimer estava associada a um encolhimento do cérebro e a uma acumulação da proteína amiloíde neste órgão, levando portanto a uma diminuição do seu valor no líquido cefalorraquidiano. Assim, os investigadores consideraram que estes dois factores poderiam permitir detectar a doença antes do aparecimento dos sintomas.
Com este estudo conclui-se que os indivíduos com menores valores de proteína amiloíde no líquido cefalorraquidiano (38% do grupo) apresentaram um encolhimento cerebral duas vezes maior. Além disso, tinham também cinco vezes maior probabilidade de ter o gene de risco para o Alzheimer, APOE4.
Os cientistas acreditam que as pessoas com estes resultados desenvolverão no futuro a doença, apesar de ainda ser muito cedo para afirmá-lo com certeza. O estudo servirá para administrar aos pacientes que, segundo os testes, terão Alzheimer no futuro, medicamentos que diminuam ou revertam a doença.
Fonte: http://www.hospitaldofuturo.com