Este blog é dedicado ao campo da saúde, ao qual estou ligada através do meu curso de Tecnologia dos Equipamentos de Saúde. Nele podem encontrar variadíssimos temas da actualidade, como novos equipamentos, tecnologias e terapias aplicadas à saúde, eventos, notícias e patologias.


Monday, July 26, 2010

Vaccination campaign conducted in response to resurgence of measles in Zambia

Monday, July 19, 2010

Sabe o que é a Tanorexia?


Antigamente ser moreno ou “trigueiro” não tinha uma conotação muito positiva, pois estava associado ao povo trabalhador, nomeadamente a pessoas que trabalhavam no campo de sol a sol. Todavia, actualmente, ter uma cor dourada é a ambição de muitas pessoas pois, de acordo com revistas de moda e de estética, tornou-se um símbolo de beleza. Para isso, muitos recorrem a banhos de sol, outros fazem sessões de solário e outros há que utilizam cremes auto-bronzeadores. Poucos sabem, no entanto, que este desejo, quando se transforma em obsessão, pode mesmo custar–lhes a vida. A “Tanorexia” é a obsessão por estar bronzeado e afecta, sobretudo, mulheres entre os 20 e os 30 anos. Trata-se de uma doença que faz com que as pessoas nunca estejam satisfeitas com o seu tom de pele e façam tudo, até mesmo arriscar a vida, para ficarem mais morenas. Além de exposições prolongadas ao Sol, muitas vezes sem uso de qualquer protector solar, abusam também do solário, ignorando ao que se expõem. Além do envelhecimento precoce da pele, sofrem, muitas vezes, de queimaduras solares e cancro da pele, o qual mata 50 mil mulheres por ano, em todo o Mundo. As jovens inglesas estão a seguir à risca a moda das celebridades extremamente bronzeadas que colocam a sua saúde em risco. Ao tentarem ser parecidas com as estrelas, muitas adolescentes têm–se submetido, em clínicas de beleza, a várias secções de bronzeado artificial por semana, quando o recomendado pelos médicos é no máximo uma. O comportamento, fruto da necessidade de aceitação entre grupos de amigas segundo especialistas, pode levar a casos de “Tanorexia”. A Associação Médica Britânica de Investigação Sobre o Cancro solicitou às clínicas que impeçam menores de 16 anos de se submeter a sessões em câmaras de bronzeamento. No Reino Unido, cerca de 100 pessoas morrem por ano como consequência directa do bronzeado artificial e muitas outras acabam por sofrer vários danos na pele.

Thursday, July 15, 2010

Genética e Longevidade



Segundo a revista Science, um grupo de cientistas europeus e norte-americanos do departamento de Bioestatística da escola de saúde pública de Boston identificou marcadores genéticos que permitem prever com 77% de certeza se uma pessoa tem hipótese de viver mais de cem anos.

Foi a partir do estudo do genoma de um grupo de 1055 pessoas com idades superiores a 100 anos e com um grupo de controlo de 1267 pessoas que se descobriram os 150 marcadores genéticos frequentes em pessoas com maior longevidade. Este estudo abriu o caminho para o nosso futuro, onde cada pessoa poderá saber se tem tendência para viver muitos anos, ou não.

Também se confirmou que um dos factores determinantes é a hereditariedade: famílias com elementos com grande longevidade geram filhos que têm possibilidade de viver mais tempo.

Tuesday, July 13, 2010

Erros médicos vão constar de registo nacional

O grupo técnico criado pelo Ministério da Saúde para a reforma da organização interna dos hospitais propõe um sistema nacional de registo dos erros clínicos, entre outros "eventos adversos". Mas defende que, "idealmente", não deve ser punitivo.

A equipa, que está na dependência directa da ministra Ana Jorge, ficou de apresentar, até 30 de Junho, uma proposta de matriz organizacional para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde. E é crítica do actual modelo, defendendo, entre outras medidas, unidades integradas multidisciplinares, “lideranças fortes, cultas e responsáveis” e a avaliação dos conselhos de administração.

É no capítulo do “Risco clínico - Erro em medicina” que o grupo considera “fundamental promover um sistema nacional de registo dos eventos adversos”, que “poderá ser voluntário ou compulsivo, anónimo ou identificado”. E, “idealmente, deveria ser não punitivo, confidencial, independentemente, efectuado por peritos e orientado para a organização”, propõe.

Já “a avaliação do desempenho das equipas “permite prevenir o erro”. E pode também “ser efectuada pela realização de auditorias internas ou externas” e de inquéritos de satisfação dos utentes.

Para o grupo técnico, a questão deverá, porém, ser colocada mais ao nível dos “vícios do sistema do que na culpabilização dos profissionais”. E “as organizações devem saber lidar com os erros, minimizando as consequências e prevenindo-os o mais possível”.

O grupo nota que, “apesar de não haver dados nacionais sobre esta matéria”, a análise das referências de outros países leva “a inferir que possa haver mais erro do que se pensa”. “Estima-se que, no universo das admissões hospitalares se verifiquem 10 a 15% de eventos adversos”, refere. E lembra que, em 2006, o cirurgião José Fragata “referiu que, na actividade cirúrgica global, ocorrem 4% de eventos adversos” e “60% eram evitáveis”.

Na proposta, a equipa alerta que a ocorrência de erros médicos pode levar à perda de confiança nas organizações, ao aumento de custos sociais e económicos e quebra nos resultados esperados, com “consequências directas na qualidade dos cuidados prestados”.

Mas definir e detectar “o erro em medicina” também não é tarefa fácil, sublinha, até porque podemos estar a falar de vários factores, como “falhas estruturais ou pontuais, má prática ou descuido” dos profissionais ou “comportamentos inseguros” por parte do doente.

Apesar da “aparente rara ocorrência de falhas graves”, nota que, em Portugal, “não é conhecida a verdadeira dimensão” ou “consequências associadas às falhas na segurança dos doentes, devido ao predomínio de uma cultura de culpabilização”, em “detrimento de uma cultura de análise e aprendizagem”. E deve promover-se o relato de erros e acidentes.

Fonte: Jornal de Notícias