Este blog é dedicado ao campo da saúde, ao qual estou ligada através do meu curso de Tecnologia dos Equipamentos de Saúde. Nele podem encontrar variadíssimos temas da actualidade, como novos equipamentos, tecnologias e terapias aplicadas à saúde, eventos, notícias e patologias.


Wednesday, July 18, 2012

Atenção ao calor!

O calor é uma ameaça à saúde. Saiba como proteger-se.

A exposição a períodos de calor intenso, durante vários dias consecutivos, constitui uma agressão para o organismo, podendo conduzir a:
- Desidratação;
- Agravamento de doenças crónicas;
- Esgotamento;
- Golpe de calor.


São mais vulneráveis ao calor:
- Crianças nos primeiros anos de vida;
- Pessoas idosas;
- Portadores de doenças crónicas (cardiovasculares, respiratórias, renais, diabetes e alcoolismo);
- Pessoas obesas;
- Pessoas acamadas;
- Pessoas com problemas de saúde mental;
- Pessoas que tomam alguns medicamentos, tais como anti-hipertensores, antiarrítmicos, diuréticos, antidepressivos, neurolépticos, entre outros;
- Trabalhadores expostos ao sol e/ou calor;
- Pessoas que vivem em más condições de habitação.

Para a prevenção dos efeitos do calor intenso, recomenda-se:
- Aumentar a ingestão de água ou sumos de fruta natural sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede.
- As pessoas que sofram de doença crónica ou que estejam a fazer uma dieta com pouco sal ou com restrição de líquidos devem aconselhar-se com o seu médico ou contactar a linha Saúde 24 - 808 24 24 24.
- Evitar bebidas alcoólicas e bebidas com elevados teores de açúcar.
- Os recém-nascidos, as crianças, as pessoas idosas e as pessoas doentes podem não sentir ou não manifestar sede, pelo que são particularmente vulneráveis. Ofereça-lhes água e esteja atento e vigilante.
- Devem fazer-se refeições leves e mais frequentes. São de evitar as refeições pesadas e muito condimentadas.
- Permanecer duas a três horas por dia num ambiente fresco, ou com ar condicionado, pode evitar as consequências nefastas do calor, particularmente no caso de crianças, pessoas idosas ou pessoas com doenças crónicas. Se não dispõe de ar condicionado, visite centros comerciais, cinemas, museus ou outros locais de ambiente fresco. Evite as mudanças bruscas de temperatura. Informe-se sobre a existência de locais de "abrigo climatizados" perto de si.
- No período de maior calor tome um duche de água tépida ou fria. Evite, no entanto, mudanças bruscas de temperatura (um duche gelado, imediatamente depois de se ter apanhado muito calor, pode causar hipotermia, principalmente em pessoas idosas ou em crianças).
- Evitar a exposição direta ao sol, em especial entre as 11 e as 17 horas. Sempre que se expuser ao sol ou andar ao ar livre, use um protetor solar com um índice de proteção elevado (igual ou superior a 30) e renove a sua aplicação sempre que estiver exposto ao sol (de 2 em 2 horas) e se estiver molhado ou se transpirou bastante. Quando regressar da praia ou piscina volte a aplicar protetor solar, principalmente nas horas de calor intenso e radiação ultravioleta elevada.
- Ao andar ao ar livre, usar roupas que evitem a exposição direta da pele ao sol, particularmente nas horas de maior incidência solar. Usar chapéu, de preferência com abas largas, e óculos que ofereçam proteção contra a radiação UVA e UVB.
- Evitar a permanência em viaturas expostas ao sol, principalmente nos períodos de maior calor, sobretudo em filas de trânsito e parques de estacionamento. Se o carro não tiver ar condicionado, não feche completamente as janelas. Levar água ou sumos de fruta naturais sem adição de açúcar para a viagem e parar para os beber. Sempre que possível viajar de noite.
- Nunca deixar crianças, doentes ou pessoas idosas dentro de veículos expostos ao sol.
- Sempre que possível, diminuir os esforços físicos e repousar frequentemente em locais à sombra, frescos e arejados. Evitar atividades que exijam esforço físico.
- Usar roupa larga, leve e fresca, de preferência de algodão.
- Usar menos roupa na cama, sobretudo quando se tratar de bebés e de doentes acamados.
- Evitar que o calor entre dentro das habitações. Correr as persianas ou portadas e manter o ar circulante dentro de casa. Ao entardecer, quando a temperatura no exterior for inferior àquela que se verifica no interior do edifício, provocar correntes de ar, tendo em atenção os efeitos prejudiciais desta situação.
- Não hesitar em pedir ajuda a um familiar ou a um vizinho no caso de se sentir mal com o calor.
- Informar-se periodicamente sobre o estado de saúde das pessoas isoladas, idosas, frágeis ou com dependência que vivam perto de si e ajudá-las a protegerem-se do calor.
- As pessoas idosas não devem ir à praia nos dias de grande calor. As crianças com menos de seis meses não devem ser sujeitas a exposição solar e deve evitar-se a exposição direta de crianças com menos de três anos. As radiações solares podem provocar queimaduras da pele, mesmo debaixo de um chapéu-de-sol. A água do mar e a areia da praia também refletem os raios solares e estar dentro de água não evita as queimaduras solares das zonas expostas. As queimaduras solares diminuem a capacidade da pele para arrefecer.

Efeitos graves do calor intenso sobre a saúde
O nosso corpo esforça-se por manter uma temperatura corporal interna constante de 37º C ao longo do tempo. Durante os períodos de calor intenso, a principal forma de arrefecimento do corpo assenta na produção de suor, que depois se evapora. Mas, quando os níveis de humidade do ar aumentam, o suor não consegue evaporar tão depressa como seria aconselhável. A evaporação do suor para completamente quando a humidade relativa atinge os 90%. Nestas circunstâncias, a temperatura do corpo aumenta e a consequente subida da produção do suor pode levar à desidratação excessiva, podendo provocar danos irreversíveis no cérebro ou em outros órgãos ou até mesmo à morte.

Em situações extremas de exposição ao calor intenso, particularmente durante vários dias consecutivos, podem surgir doenças relacionadas com o calor, que, pela sua gravidade, obrigam a cuidados médicos de emergência:
- Cãibras por calor;
- Esgotamento devido ao calor;
- Golpes de calor.

Tuesday, July 3, 2012

Chips elásticos crescem até 200%


Um grupo internacional de cientistas da McCormick School of Engineering da Universidade de Northwestern, Chicago - EUA, em conjunto com institutos na Coreia do Sul e na China, desenvolveram um novo tipo de componente eletrónico flexível, capaz de esticar até 200% do seu tamanho original, mantendo todas as propriedades e funcionalidades.

De acordo com uma notícia publicada pelo serviço de informação PhysOrg.com, o novo desenvolvimento permitirá criar dispositivos médicos para integrar no próprio corpo humano - de diagnóstico ou com objetivos terapêuticos - sem os constrangimentos da rigidez própria de um chip eletrónico.

"A tecnologia atualmente disponível já permite uma ligeira flexibilidade, mas muitas das potenciais aplicações na medicina requer uma flexibilidade digna de uma banda elástica" referiu ao site Yonggang Huang, um dos responsáveis e gestores deste estudo. Para este professor, "com este nível de elasticidade poderemos ver dispositivos médicos integrados no corpo humano".

Ainda segundo o PhysOrg.com, o principal obstáculo para o desenvolvimento deste novo componente surgiu na necessidade de manter a condutividade nas partes de metal, quando esticadas. A solução surgiu através de uma estrutura tridimensional adaptável, feita de polímeros com poros, que são enchidos com metal líquido para assegurar a passagem do sinal.

Esta solução permitiu criar dispositivos elásticos funcionais, cuja condutividade é assegurada independentemente do grau a que está esticado, como mostra o vídeo.


Fonte: www.tek.sapo.pt